quinta-feira, 17 de abril de 2014



Memorias

Meu coração sente...  Ele vai até aonde não posso... Ele invade as minhas memorias e trás de volta os sentimentos guardados na pequena caixa colorida que guardei no sótão da alma. Lá contém as lembranças que a cada dia guardei, algumas coloquei em pequenas caixinhas pintada a mão com flores do campo para que eu pudesse ao abri-la sentir o perfume suave a me trazer de volta para aquela vida. As flores que naquela tarde me invadia quando sentada ao cume do monte aonde eu podia ver o campo com a beleza da natureza  na qual  cobria toda a extensão  de um verde vivo até aonde meus olhos podiam alcançar, nestas pequenas fotos secretas da minha memoria eu via você de longe arando a terra e plantando cada semente que aos poucos iam se formando em pequenos brotos e ao longo as arvores e flores na chegada da primavera a colorir todo o campo, e como se fosse um quadro; conseguia ver  o azul do céu com as nuvens brancas suspensa no ar e o os raios do sol  aquecer toda aquela região, onde a vida era simples e suave de ser vivida, nas manhas sentia o aroma do café saindo pela pequena chaminé de nossa cozinha, o cheirinho do bolo que já estava quentinho sobre a mesa a nos esperar para mais um amanhecer feliz , quando ouvia seus passos a se aproximar já com o galão de leite nas mãos e lindas margaridas que colhera do jardim para enfeitar a nossa pequena cabana, que para mim era o nosso castelo.
Aonde os dias seguiram durante tantos anos, amigos que se achegavam nas noites de sábado, onde nos reuníamos na varanda onde  a mesa e pequenos bancos enfeitavam com flores e  até posso sentir o aroma de cada flor, o cheiro da comida, posso ouvir o som dos risos felizes e sinceros que marcaram uma vida na qual eu quero tanto reencontrar. As crianças correndo de um lado para o outro com suas risadas espontâneas  que contagiávamos, sentia seu abraço a me pegar de surpresa e  ao fechar os meus olhos sentir sua barba e seu cheiro no qual me faz tanta falta... E nunca superei a nossa distância... Rezo todos os dias em meu intimo a esperança de novamente poder reencontra-lo e assim sentir seu abraço.
A fogueira clareava a noite que já estava tão linda sobre a lua e as estrelas que cobriam o céu me fazendo acreditar que a felicidade naquele lugar duraria uma eternidade... O Aconchego dos amigos, da família na qual nos tornamos unidos e juntos mantínhamos aquele pequeno vilarejo com nossa alegria no trabalho na terra e as mulheres unidas com seu artesanato, levando para a cidade para que tivesse sempre somente o necessário para vivermos felizes onde nada nos faltava, o amor daquele lugar contagiava a todos com o mesmo proposito de querer estar juntos sempre! De querer o bem a todos, dividindo, compreendo e com um abraço podíamos nos sustentar em uma única fé em Deus e ter gratidão por viver honradamente uma era tão preciosa e branda que aquecia a cada dia a minha alma... ♥♥

(Memorias 8/10/13 ás 11:35 hs, Amália Tavares).

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